Flamengo avança à Libertadores após 1‑0 dramático contra o Táchira

Primeiro tempo de tensão

O Flamengo chegou ao Maracanã com a missão de fechar a classificação, mas logo no apito inicial ficou claro que o duelo seria mais complicado do que o placar sugeria. Apesar de controlar a bola por boa parte da partida, o ataque rubro‑negro não conseguia romper a organização defensiva do Deportivo Táchira, que se manteve compacto e bem armado.

Os cruzamentos e cruzadinhas nas áreas adversárias eram frequentes, mas o time venezuelano leu a estratégia e neutralizou cada bola alta com intervenções precisas. A frustração começou a ser notada nas arquibancadas: a torcida do Flamengo, acostumada a vitórias fáceis, começou a vaiar quando o relógio marcava 30 minutos sem nenhum gol.

Além da falta de efetividade, alguns erros bobos surgiram. Pires avançou com a bola e acabou entregando um passe curto para o meio‑campo rival, que quase virou o placar. O clima estava tenso, e a falta de definição fazia a ansiedade crescer a cada minuto que passava.

Virada no segundo tempo

No intervalo, o técnico Filipe Luís decidiu mudar a postura ofensiva. Michael saiu do campo e deu lugar a Bruno Henrique, jogador conhecido pela explosão e pela pegada mais direta. A mudança trouxe a tão esperada verticalidade, fazendo o Flamengo avançar mais rápido pelo meio‑campo.

Com a nova dinâmica, o time passou a criar arranjos mais ameaçadores. Foi aos 20 minutos da segunda etapa que Léo Pereira, zagueiro que não foi convocado pela seleção, apareceu no ataque. Em uma jogada de bola parada, ele subiu mais alto que a defesa e cabeceou firme para empurrar a bola ao fundo das redes.

A comemoração foi curta. O Deportivo Táchira, ainda que sem muita técnica, mostrou muita garra nos minutos finais. Em duas ocasiões, demoraram a chegar ao ataque, mas conseguiram criar chances de igualar: um chute de fora da área que fez o travessão e outra jogada rápida que acabou em travessão de defesa.

Mesmo com a pressão crescente, a defesa do Flamengo segurou o ritmo, liderada por um goleiro que fez defesas difíceis nos últimos minutos. O placar ficou marcado e o Rubro‑Negro saiu do Maracanã como segundo do grupo, garantindo passagem para os oitavos de final da competição.

O resultado, embora suficiente, deixa lições. A dificuldade de romper defesas bem postas e a dependência de momentos individuais ainda são pontos a serem trabalhados antes de enfrentar adversários mais fortes nas próximas fases.