Imposto de renda 2025: nova faixa de isenção e tabela atualizada para quem declara em 2026

- set, 23 2025
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- Flávio Gomes
O que mudou na tabela do imposto de renda?
Em abril de 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Medida Provisória 1.294, que entrou em vigor em maio do mesmo ano. A principal alteração foi a ampliação da faixa de isenção, que agora cobre rendimentos mensais de até R$ 3.036 – o equivalente a duas vezes o novo salário mínimo, fixado em R$ 1.518.
Essa revisão é a primeira grande atualização desde a Lei 13.149/15, de 2015, e reflete a política de manter o salário mínimo acima da inflação. O aumento de 2,5% em relação ao ano anterior garantiu que a camada mais vulnerável da população não fosse penalizada por um ajuste salarial.

Como ficam as cinco faixas de tributação?
A estrutura de cinco alíquotas permanece, mas os limites de cada faixa foram ajustados para obedecer ao novo patamar de isenção:
- Até R$ 3.036 – 0% (totalmente isento)
- De R$ 3.036,01 a R$ 3.641,68 – 7,5%
- De R$ 3.641,69 a R$ 4.602,00 – 15%
- De R$ 4.602,01 a R$ 5.655,60 – 22,5%
- Acima de R$ 5.655,60 – 27,5%
O caráter progressivo significa que cada pessoa paga a alíquota correspondente apenas sobre a parcela que se enquadra naquele intervalo. Por exemplo, quem recebe R$ 4.000 por mês paga 0% nos primeiros R$ 3.036, 7,5% sobre a diferença até R$ 3.641,68 e 15% sobre o que ultrapassar esse valor até alcançar R$ 4.000.
Essas regras valem para a declaração de 2025, que será apresentada em 2026. O fato de a medida ter sido publicada em maio de 2025 garante que todas as receitas auferidas durante o ano inteiro seguirão a nova tabela.
Até abril de 2025, a Receita Federal já havia processado cerca de 12,2 milhões de declarações, indicando que a maioria dos contribuintes está atenta às mudanças. O órgão tem divulgado orientações para evitar erros de cálculo, sobretudo entre quem ganha entre duas e três vezes o salário mínimo, faixa que agora passa a ser tributada.
Alguns parlamentares já começaram a debater a possibilidade de elevar ainda mais a isenção, propondo um teto de R$ 5.000 mensais. Contudo, qualquer aumento adicional dependerá de nova legislação e de aprovação dentro dos 120 dias que o Congresso tem para analisar a medida provisória.
Para quem está se preparando para a declaração de 2026, a dica principal é ajustar os recibos de salário, comprovantes de rendimentos e despesas dedutíveis conforme os novos limites. Usar simuladores de imposto de renda, que já foram atualizados pelos sites de contabilidade, pode evitar surpresas na hora de preencher a ficha.