Laudo Pericial Aponta Ofensa Racial de Vice-Prefeito de São José do Rio Preto Contra Segurança do Palmeiras

- mai, 23 2025
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- Gilmar Fernandes
Perícia Aponta Ofensa Racial em Jogo no Interior de SP
Em uma noite de futebol que terminou em polêmica, o vice-prefeito de São José do Rio Preto, Fábio Marcondes, virou o centro de uma acusação grave: um laudo pericial encomendado pelo Palmeiras afirma que ele ofendeu de forma racista um segurança do clube. Tudo aconteceu no dia 23 de fevereiro de 2025, logo após uma partida entre Mirassol e Palmeiras, no interior de São Paulo.
Após o apito final, o clima, que já estava tenso dentro de campo, pareceu se transferir para fora das quatro linhas. A confusão começou quando Marcondes tentou acessar uma área restrita do estádio e foi barrado pelo segurança — funcionário terceirizado do Palmeiras. O bate-boca foi imediato, e testemunhas relataram que o político, conhecido regionalmente e filiado ao partido PL, acabou perdendo a cabeça.
- A principal acusação é sobre o uso dos termos 'macaco velho' e 'lixo', direcionados ao segurança durante uma discussão calorosa.
- Áudios e vídeos coletados por câmeras de segurança e celulares de outros funcionários foram submetidos à perícia técnica especializada.
- O laudo, agora anexado ao inquérito da polícia, afirma que as ofensas foram proferidas claramente por Marcondes, o que bate com a versão do segurança e das testemunhas.
O documento segue agora como peça central do processo, reforçando a gravidade do caso. Vale lembrar: a legislação brasileira é dura para situações assim, com a tipificação de crime de injúria racial e penas que podem incluir prisão.

Repercussão Política e Esportiva
A notícia caiu como uma bomba tanto no meio político quanto esportivo. Nos bastidores da Prefeitura de São José do Rio Preto, o silêncio é evidente. Marcondes, até o momento, não deu declarações nem demonstrou intenção de se retratar ou apresentar outra versão dos fatos.
Dentro do Palmeiras, o clima é de indignação — com o clube soltando notas oficiais de repúdio e cobrando providências imediatas das autoridades. A postura do Palmeiras reflete o esforço que diversas entidades vêm fazendo para estancar episódios de racismo nos estádios, assunto que infelizmente segue sendo pauta frequente no futebol brasileiro.
O segurança envolvido já formalizou o boletim de ocorrência e, com o suporte do clube e de advogados, espera que a denúncia avance na Justiça. A Delegacia de Mirassol segue analisando se o caso será enquadrado como injúria racial, crime previsto no artigo 140 do Código Penal, ou se outras medidas legais também serão adotadas.
Enquanto isso, torcedores pedem punição exemplar e acompanham de perto cada desdobramento no inquérito. O episódio reacende a discussão sobre racismo no esporte e coloca sob pressão não só o vice-prefeito, mas também o ambiente político do interior paulista.