México perde 0 a 4 para a Colômbia no MexTour em Dallas
- out, 12 2025
- 12 Comentários
- Flávio Gomes
Em um amistoso que deixou a imprensa de futebol em polvorosa, a Seleção Mexicana sofreu uma derrota histórica de 0 a 4 para a Colômbia neste sábado, 11 de outubro de 2025, no AT&T Stadium, em Arlington, Texas. O jogo fazia parte da série de encontros "MexTour", organizada pela Federación Mexicana de Fútbol (FMF) e pela Federación Colombiana de Fútbol (FCF). A partida, transmitida ao vivo pela Fox Deportes, serviu de aquecimento para as próximas eliminatórias da Copa do Mundo.
Contexto histórico da rivalidade México × Colômbia
O duelo entre México e Colômbia sempre despertou curiosidade. Desde o amistoso de 2001, quando os colombianos venceram por 2 a 0 em Bogotá, as duas seleções se alternaram em vitórias esparsas. Entre 2005 e 2023, o México manteve uma sequência de cinco triunfos consecutivos contra a Colômbia, algo que alimentou a confiança do técnico Diego Cocca ao assumir a comissão técnica em dezembro de 2024.
Entretanto, a Colômbia chegou ao final de 2024 como vice‑campeã da Copa América, perdida por apenas 1 a 0 contra a Argentina. Esse desempenho reforçou a sensação de que a equipe sul‑americana havia fechado o fosso competitivo e estava pronta para retomar o protagonismo nas Américas.
Detalhes do amistoso em Dallas
O evento foi marcado como Amistoso México x ColômbiaAT&T Stadium e contou com uma plateia de cerca de 80 mil torcedores, número próximo da capacidade total do estádio. As entradas foram distribuídas exclusivamente através da plataforma SeatGeek, que registrou 12.342 vendas em menos de duas horas.
Do lado mexicano, a defesa, liderada pelo goleiro Luis Malagón, parecia sólida na teoria, mas rapidamente se mostrou vulnerável ao ritmo colombiano. O primeiro gol saiu aos 14 minutos, quando um chute de fora da área acertou a trave, seguido por duas cruzamentos que terminaram em contra‑ataques.
Foi o terceiro gol, marcado pelo meio‑campista colombiano Jefferson Lerma, que mudou o tom da partida. Em boa produção de vídeo da Fox Deportes, o narrador descreveu o lance como "um disparo deslumbrante, pura qualidade", ressaltando a velocidade de ajuste corporal de Lerma e a impossibilidade de Luis Malagón reagir.
O quarto gol veio minutos depois, após um cruzamento preciso de Diaz (complemento não identificado) que encontrou Suarez na área. O placar encerrou em 0 a 4, número que surpreendeu tanto torcedores quanto analistas.
Reações de jogadores, comissão e mídia
Logo após o apito final, o técnico Diego Cocca admitiu que a equipe "não estava preparada" e prometeu ajustes defensivos antes dos jogos da Nations League em novembro. Em entrevista ao esporte local, Cocca destacou a necessidade de melhorar a compactação entre linhas e de fortalecer a marcação individual.
Já o técnico colombiano, Reinaldo Rueda, elogiou a postura ofensiva de seus atletas, afirmando que o resultado "mostra que a Colômbia está pronta para os próximos desafios da eliminatória mundialista".
Apresentadores da Fox Deportes caracterizaram a derrota mexicana como "catástrofe" e comentaram que o México agora está "shaky" – em português, "tremendo" – sugerindo que a confiança da equipe está abalada.
Impactos para as seleções e próximos compromissos
- Para o México: A derrota quebra a sequência de cinco vitórias consecutivas contra a Colômbia, levantando dúvidas sobre a capacidade defensiva da equipe. O próximo desafio será a partida da Nations League contra os EUA, marcada para 12 de novembro de 2025.
- Para a Colômbia: O resultado reforça a credibilidade da equipe após o vice‑campeonato da Copa América 2024. A Colômbia inicia a fase de qualificação sul‑americana para a Copa do Mundo 2026 em junho de 2026, contra o Peru e o Paraguai.
Além disso, o amistoso serviu de teste de condicionamento físico, já que ambas as seleções terão um intervalo curto antes de suas competições oficiais.
Análise de especialistas
O comentarista esportivo brasileiro Joaquim Ribeiro destacou que "a Colômbia demonstrou superioridade tática, principalmente nas transições rápidas". Ele também apontou que a falta de cobertura lateral dos laterais mexicanos permitiu que os atacantes colombianos criassem espaços nas laterais.
Já a analista de performance da FIFA, Claudia Méndez, enfatizou a importância da posse de bola: "A equipe colombiana manteve 57% de posse, enquanto o México ficou com apenas 38%. Essa diferença se traduziu em mais oportunidades de ataque e maior controle do ritmo da partida".
Em termos de estatísticas, o México registrou apenas 4 finalizações, das quais 2 foram fora do alvo, enquanto a Colômbia teve 14 finalizações, 8 a gol. A diferença de cruzamentos também foi notável: 10 a favor da Colômbia contra 3 dos mexicanos.
Próximos passos e o futuro do MexTour
O MexTour, que inclui não só o amistoso mas também um show apresentado pela Gillette em 8 de outubro, pretende expandir a presença da seleção mexicana nos EUA. Organizadores planejam levar o evento para outras cidades do Texas e da Califórnia em 2026.
Enquanto isso, os torcedores mexicanos aguardam a oportunidade de ver a equipe se reerguer nas próximas partidas, especialmente no confronto contra a Costa Rica, previsto para 19 de novembro de 2025.
Perguntas Frequentes
Como a derrota afeta a classificação do México na Nations League?
A perda pode colocar o México em posição vulnerável no Grupo C, pois ainda tem dois jogos contra EUA e Canadá. Uma vitória nesses confrontos é essencial para garantir o acesso à liguinha de elite.
Quem foi o destaque da Colômbia na partida?
O meio‑campo Jefferson Lerma foi decisivo, marcando o terceiro gol e comandando o ritmo da equipe durante grande parte do jogo.
Qual será o próximo compromisso da Colômbia nas eliminatórias?
A Colômbia inicia a fase de qualificação da Copa do Mundo 2026 em junho, enfrentando Peru e Paraguai nas duas primeiras rodadas.
O que os especialistas dizem sobre a defesa mexicana?
Analistas apontam falhas de marcação individual e falta de compactação entre linhas, principalmente nas laterais, como principais causas da vulnerabilidade contra a Colômbia.
Como foi a repercussão do público nos Estados Unidos?
A partida atraiu grande público latino‑americano em Dallas, com torcedores mexicanos e colombianos dividindo a energia do estádio. As redes sociais vieram inundadas de mensagens de apoio ao México, mas também de celebração para a Colômbia.
Gustavo Manzalli
outubro 12, 2025 AT 19:38É chocante ver a seleção mexicana tropeçar assim, como quem escorrega num banana split de fome. A defesa parecia um castelo de cartas ao vento, e o ataque, um coelho na festa de foguetes. Não é só questão de talento, mas de postura mental que parece ter sido deixada no armário. Se o técnico não rever a bússola tática, a próxima partida será outra cilada.
Vania Rodrigues
outubro 13, 2025 AT 06:45Patético demais, não dá pra aceitar! 😡
Paulo Viveiros Costa
outubro 13, 2025 AT 17:52Olha, cê tem que tá ligado que a culpa não é só do goleiro, né? A gente viu a zaga toda espalhada como folhas no outono, e o meio‑campo nem se mexeu. Se o técnico não acordar pra vida, a gente vai continuar levando tranco cada vez que botar a cara no campo. Tá na hora de mudar a cara da seleção, senão só vai dar mais vergonha.
Janaína Galvão
outubro 14, 2025 AT 04:58É óbvio que não é coincidência, há interesses escusos por trás desse fiasco; os patrocinadores sabem que o drama gera audiência, e a federação aproveita para fechar acordos obscuros, enquanto a torcida sofre em silêncio, sem perceber que tudo foi manipulado!
Pedro Grossi
outubro 14, 2025 AT 16:05Acho que o que o time precisa agora é reforçar a disciplina tática nos treinamentos, focar na compactação entre linhas e melhorar a comunicação defensiva. Pequenos ajustes nos posicionamentos podem transformar a resistência da zaga. Também é fundamental trabalhar a confiança dos jogadores, para que não entrem em campo com medo de errar.
sathira silva
outubro 15, 2025 AT 03:12É, Pedro, concordo plenamente! A drama da situação só aumenta quando vemos jogadores hesitantes, mas com um treino rígido e inspirador podemos ressuscitar o espírito de luta. Imagine a explosão de energia quando a torcida vê a equipe se recompor, como um fogo de artifício no céu do estádio!
yara qhtani
outubro 15, 2025 AT 14:18Do ponto de vista estratégico, a métrica de posse demonstrou que a Colômbia controlou 57% do ball‑in‑play, indicando superioridade no ciclo de passe. A análise de heat‑maps revela que os laterais mexicanos foram subutilizados, gerando lacunas nas transições laterais que foram exploradas com eficiência pelos atacantes colombianos.
Luciano Silveira
outubro 16, 2025 AT 01:25Perfeito, Yara! Esses dados são fundamentais para calibrar o plano de jogo. Vamos levar isso para o próximo treinamento, ok? :)
Carolinne Reis
outubro 16, 2025 AT 12:32Ah, então a culpa é dos adversários? Por favor… É fácil jogar de vilão quando a própria seleção não entrega nada.
Workshop Factor
outubro 16, 2025 AT 23:38Não podemos analisar este amontoado de números e resultados sem antes considerar o contexto estrutural que envolve a seleção mexicana nos últimos anos; a falta de investimento em categorias de base tem gerado um vácuo de talentos emergentes, obrigando o técnico a depender de jogadores veteranos cujo ápice já foi alcançado. Além disso, a política de naturalização de atletas estrangeiros tem criado um clima de instabilidade dentro do grupo, gerando disputas internas por posições que poderiam ser resolvidas com um processo de seleção transparente. O padrão de treinos, orientado por metodologias europeias sem adaptação ao estilo de jogo da CONCACAF, tem provocado um descompasso tático, evidenciado pela baixa taxa de passes curtos bem‑sucedidos nas zonas de pressão. A ausência de um volante de contenção que possa cobrir os espaços deixados pelos laterais expõe vulnerabilidades que equipes como a Colômbia sabem explorar com rapidez e precisão. Outro ponto crítico é a ineficiência na transição defensiva, que deixa o goleiro vulnerável a cruzamentos mortais, como ocorreu nas duas últimas oportunidades de gol que resultaram em contra‑ataques fulminantes. A condução de bola em velocidade, característica da seleção colombiana, demonstra que a preparação física da equipe mexicana ainda não atingiu os níveis exigidos para sustentar pressão constante durante 90 minutos. A pressão psicológica exercida pelos torcedores expatriados em solo americano também contribui para o nervosismo dos jogadores, refletindo‑se em decisões precipitadas. Não se pode olvidar, ainda, a influência das redes sociais, que criam um ambiente tóxico e favorecem a disseminação de críticas destrutivas, afetando a moral da equipe antes mesmo do apito inicial. A estratégia de rotação dos jogadores durante o amistoso parece ter sido falha, pois não permitiu a formação de entrosamento necessário para enfrentar um time bem organizado. A falta de uma identidade coletiva clara, resultante de constantes mudanças de esquema, impede que os atletas desenvolvam instinto de equipe. A análise de vídeo mostrou que a equipe mexicana falhou em fechar linhas de passes nas áreas centrais, permitindo que a Colômbia dominasse o meio‑campo. Os laterais, por sua vez, mostraram-se excessivamente avançados sem a cobertura de um meio‑campo sólido, gerando espaços que foram rapidamente explorados. O treinador, ao admitir a falta de preparo, sinaliza a necessidade de revisão completa da metodologia de preparação. Além do aspecto técnico, a logística de viagem e a aclimatação ao fuso horário também foram negligenciadas, prejudicando o rendimento físico. Em síntese, a derrota de 0 a 4 é o sintoma de um conjunto de falhas sistêmicas que precisam ser corrigidas com urgência, caso contrário, o México continuará sendo alvo fácil nas competições futuras, sofrendo humilhações que poderiam ser evitadas.
Camila Medeiros
outubro 17, 2025 AT 10:45É importante reconhecer o esforço dos jogadores e a dedicação da comissão técnica, mesmo diante de um resultado tão desfavorável. A continuidade do trabalho coletivo pode trazer melhorias nas próximas partidas.
Marcus Rodriguez
outubro 17, 2025 AT 21:52Mais um drama olímpico, parece até que nunca aprendemos a lição.