Verstappen domina GP da Azerbaijão 2025 e Piastri abandona na primeira volta

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Um início dramático: Piastri sai da pista na primeira volta

A manhã de 27 de setembro em Baku começou com muita tensão. Oscar Piastri, que liderava o campeonato, largou da nona posição depois de uma qualificação complicada, marcada por vários acidentes e intermitente chuva. Logo na primeira volta, o australiano subestimou o nível de aderência na curva 1 e saiu da pista, batendo violentamente contra as barreiras. O carro ficou irreparável e o piloto abandonou a corrida, perdendo valiosos pontos e deixando o título aberto para os concorrentes.

Nas entrevistas pós-incidente, Piastri admitiu que errou o cálculo do grip e descreveu aquele momento como "possivelmente a sua pior volta da temporada". A saída precoce do líder acabou mudando o clima da prova, já que o restante do pelotão percebeu que a corrida seria ainda mais disputada.

Além do líder, a sessão de qualificação também foi lembrada pelos seis períodos de bandeira vermelha, interrompendo o ritmo dos pilotos. Charles Leclerc e o próprio Piastri foram responsáveis por algumas das paradas, enquanto Esteban Ocon foi excluído dos resultados por flexão excessiva da asa traseira.

Dominância de Verstappen e o efeito cascata na classificação

Max Verstappen largou na pole e, mesmo com pneus duros, manteve a liderança desde a largada. Enquanto a corrida sofreu dois safety cars nas primeiras voltas – um para remover destroços do acidente de Piastri e outro por um incidente menor na retas de fuga – o holandês soube controlar o ritmo. A diferença de tempo acabou crescendo e, ao final das 51 voltas, Verstappen cruzou a linha de chegada com quase 14 segundos de vantagem.

O segundo lugar foi para George Russell, da Mercedes, que terminou a 14,6 segundos atrás do líder. Em terceiro, Carlos Sainz surpreendeu ao subir ao pódio pelo Williams, marcando sua primeira pontuação alta com a equipe. O espanhol saiu da segunda posição no grid, mostrando que o carro ganhou competitividade nas retas de Baku.

Kimi Antonelli completou o top 4, também pela Mercedes, enquanto Liam Lawson, vestindo o vermelho da Racing Bulls, ficou em quinto. Lawson ainda teve que defender sua posição de Yuki Tsunoda, da Red Bull, que terminou em sexto.

Já Lando Norris, da McLaren, terminou em sétimo, frustrado por não conseguir ultrapassar Tsunoda na última volta. Lewis Hamilton recuou de 12ª na largada para oito, superando seu companheiro de equipe Charles Leclerc, que ficou em nono. No final da lista de pontuação, Isack Hadjar garantiu o décimo lugar para a Racing Bulls.

Penalizações também temperaram a corrida. Fernando Alonso recebeu cinco segundos por sair antes do sinal, enquanto Alex Albon foi punido com dez segundos por colidir com Franco Colapinto. Essas tarifas alteraram ligeiramente a ordem dos últimos colocados, mas não ameaçaram a vantagem de Verstappen.

O triunfo de Verstappen tem grande peso no campeonato. Com a saída de Piastri, a diferença entre o holandês e os demais candidatos diminui, e a Red Bull demonstra que a atualização feita em Monza está rendendo frutos. O piloto ainda faz questão de enfatizar que não quer ser visto como "um concorrente súbito"; ele apenas segue fazendo o que a equipe tem proposto: correr rápido e consistente.

Para o Williams, o pódio de Sainz indica que o time está dando passos largos em reconhecimento técnico e estratégia. A equipe investiu em atualizações de aerodinâmica e, embora ainda enfrente desafios de confiabilidade, a performance em Baku pode ser um indicativo de um retorno mais forte nos próximos Grandes Prêmios.

O próximo desafio da temporada será o GP de Singapura, programado para 3 a 5 de outubro, onde a luz noturna de Marina Bay promete novos testes de estratégia e resistência. Enquanto isso, as equipes voltam aos pits para analisar dados, ajustar setups e, claro, planejar como reduzir a distância ao líder no campeonato.